Para G. T. Fechner, num trecho de sua obra Elemente der Psychophysik (1889, v.2, pp. 520-1), existe a diferença essencial entre o sonhar e a vida de vigília como evidencia a citação de Freud segundo Fechner :
“Nem o mero rebaixamento da vida
mental consciente a um nível inferior ao do limiar principal”, nem o desvio da
atenção das influências do mundo externo são suficientes para explicar as
características da vida onírica quando contrastadas com a vida de vigília. Ele
suspeita, antes, de que a cena de ação
dos sonhos seja diferente da cena da vida de representações de vigília. “Se
a cena de ação da atividade psicofísica fosse a mesma no sono e no estado de
vigília, os sonhos só poderiam ser, segundo meu ponto de vista, um
prolongamento, num grau inferior de intensidade, da vida de representações de
vigília e, além disso, seriam necessariamente do mesmo material e forma. Mas os
fatos são bem diferentes disso”.
Tampouco esta contribuição de Fechner parece
não se aplicar de maneira muito assertiva quando referida a ‘essa mudança na
localização da atividade mental’, mas conquista um terreno fértil e sagaz
quando permite pensar-se na possibilidade de aplicada a um aparelho mental
constituído por várias instâncias ordenadas sequencialmente, uma após a
outra.
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